Novamente entediada ela voltou a andar pelo caleidoscópio de cores e sons que era festa. Sua mão estava andando por todos e tudo com um nariz torcido e olhos arregalados de choque ao ver alguém de cabelo colorido passar por ela. Se ela ao menos soubesse… Tia Athenodora e papai andavam juntinhos um pouco atrás. Essa visão… Aquilo devia irritá-la? Ou fazer com que sentisse humilhada? Ela não sabia. Sua inteligencia estava ofendida pela ideia que eles pensassem que a enganavam. Mais irritante era saber que eles mesmo desrespeitavam as regras estúpidas que impunham a eles.

Qual seria o cheiro da carne do seu pai queimando? Diziam que era forte, carne humana queimando, seria adocicada? Ela tinha essa impressão, que seria doce. Talvez tivesse lido em algum lugar que era assim, talvez fosse só o fato de ser algo que ela desejava bastante, queimar alguém. Ela percebia que quanto mais chamativa fosse, menos ela poderia fazer, desde que esfolara o gato de Crims, então ela vinha se controlando para não ser pega. Mas era chato. Ela apanhou martelo e acertou o alvo, imaginando que seria mais legal se ele soltasse um líquido, ou ficasse roxo, como a mão de alguém faria.