Instituto Pygmy Puffskein
Instituto Pygmy Puffskein
INSTITUTO PYGMY PUFFSKEIN
Instituto Pygmy Puffskein
Fundação: Ano de 2040
Fundadora e atual diretora: Mihaela Dahra Antonescu
Divisão: Grupinhos
Casas: 4 - Puffskein, Crup, Kneazle e Niffler
Localização: Hogsmeade - Escócia, Grã-Betanha
A HISTÓRIA
Tudo começou quando uma bela e jovem morena que não devia passar dos vinte anos de idade, da pele cor de caramelo e longos cabelos cor de chocolate trançados com fitas coloridas, teve um sonho enquanto dormia tranquilamente em sua tenda; o que devia ser algo comum, um acontecimento cotidiano e corriqueiro... Pra quem não possui o dom da clarividência, claro. Em seu sonho, ela estava num lindo e aconchegante chalé; conseguia sentir o carpete macio entre os dedos dos pés descalços, e o aroma delicioso de algo que ela não soube identificar ao certo - um ligeiro aroma floral e o cheiro cookies recém-feitos, como os que sua mãe de consideração costumava fazer... Inspirou fundo e fechou os olhos por um momento, apreciando o sentimento acolhedor de aconchego que lhe envolvia a alma. Risadas distantes começaram a ecoar em seus ouvidos, cada vez mais próximas; risadas doces e infantis, que a fez esboçar um sorriso carinhoso quase de imediato. Quando tornou a abrir os olhos, estava surpreendentemente cercada de crianças; a jovem franziu o cenho, confusa, mas ao mesmo tempo deleitada - talvez devido ao fato de que era incapaz de conceber uma criança... A cena que se estendia diante suas íris amendoadas repletas de compaixão aqueceu seu coração inseguro; os pequenos riam e brincavam entre si, sem receios, sem preocupações. Pareciam se sentir em casa...
Dizem que os sonhos refletem nossos desejos mais profundos... e ao despertar, a jovem cigana se dera conta que aquele era o seu desejo. Não apenas se sentir em casa, mas fazer com aqueles pequenos se sentissem também.
Muitos meses e algumas visões depois...
A jovem cigana tinha trabalhado arduamente para que conseguisse chegar até aquele ponto, mas se alguém lhe perguntasse, ela responderia sem pestanejar que sim, cada única gota de suor havia valido à pena. A morena apreciava a brisa fresca que lhe acariciava a face enquanto fitava os campos vazios e mal capinados à sua frente, onde curiosas e solitárias margaridas floresciam entre a grama excessivamente alta, com um brilho tão indescritível no olhar que apenas a cigana Sarita seria capaz de entender. O homem baixinho e muito bem vestido ao seu lado a olhava com estranheza e até uma pitada de incredulidade, mas seu ar de superioridade não incomodava a cigana, não, nem um pouco. Devia pensar que o fato daqueles terrenos custarem consideravelmente pouco, pela fama de mal assombrado que tinham, foi o que havia atraído a mulher que, apesar das áreas escuras sob os olhos, era dona de uma beleza exótica; mal sabia ele que aquela mulher, apesar da pouca idade, tinha a determinação e convicção que muitos que se denominavam "grandes homens" não tinham. Mal sabia ele que aquela jovem possuía um dom que com o tempo aprendia a controlar e amar, e que este mesmo dom foi o que a levara até ali; e ela estava mais que feliz por isso.
- Tens a certeza, senhorita? Estes campos tem uma tosca fama de más assombrados... - fora preciso apenas um olhar para a cigana captar um brilho perverso nos olhos negros do empresário; sabia que ele não se importava com o futuro dos negócios dela pela fama que o lugar possuía, mas sim se iria receber os galeões por aquelas terras. E ela ao menos se importava com aquela fama; seu dom havia lhe mostrado que de mal assombrado, aquelas terras não tinham é nada. Interrompendo suas falsas lamentações, a morena tirou um pergaminho perfeitamente enrolado de dentro da bolsa de tecido que carregava e estendeu para o empresário; era um cheque __ Sim, tenho a plena certeza. __ respondeu em seu tom de voz melodioso e tranquilo, fitando os olhos do homem fixamente; quando suas mãos se encontraram, foi como a morena tivesse um blackout; flashes passavam com velocidade por detrás dos seus olhos, como se estivesse assistindo a um filme acelerado e em partes. Viu aquele mesmo homem rindo em frente a um baú cheio de moedas de ouro e jóias que não conseguia ao menos imaginar o preço. Viu aquele homem com o cenho franzido em palpável tensão, sentado a uma longa mesa, com as mãos entrelaçadas uma à outra tão firmemente que os nós dos dedos tinham perdido a cor. Viu aquele homem sem reação diante um casal de crianças, uma menininha e um garotinho um pouco mais velho, que o fitava com os olhos marejados enquanto eram empurrados por uma bela mulher os levava para fora de casa, e fechava a porta atrás de si. Viu aquele homem parado diante do espelho, já grisalho, pálido e cansado, se perguntando o que tinha feito... E então, com pesar no coração, a cigana voltou à realidade. Piscou freneticamente e, com gentileza, afastou a mão do homem __ Nem tudo na vida é dinheiro, meu caro. Não deixe o brilho de todo esse ouro te cegar... Cultive o que realmente importa, e serás mais feliz do que imagina. __ sacou a varinha, movimentando-a sutilmente e fazendo com a placa fincada ao chão terroso mostrasse a palavra "Vendido"; e com um educado aceno de cabeça, desapareceu no ar.
Alguns meses e muitas visões depois...
Foram necessárias semanas de trabalho árduo pra conseguir uma renda razoável pra que a cigana fosse finalmente capaz de concretizar seu sonho. De volta àqueles terrenos malcuidados no pacato vilarejo de Hogsmeade, a cigana agora analisava tudo com suas íris amendoadas. Seu dom não havia mentido, como ela acreditava; de assombrado, o lugar não tinha realmente nada. Havia descoberto ali uma criaturinha miúda e fofinha, de pelos cor de rosa; parecia amedrontada e perdida, mas era muito dócil e companheira. A levara para o acampamento onde vivia e cuidara com todo o carinho e paciência necessários até que se recuperasse; com algumas pesquisas, descobrira que aquela criaturas era descendentes dos pufosos, um mini-pufe. O tempo a fizera se apegar ao intrigante mini-pufe, assim como fizera o mini-pufe se apegar à cigana; e numa tarde ensolarada, enquanto observava a dócil criatura pulando entre as árvores e pensava sobre suas recentes visões, uma ideia lhe estalou na cabeça. Vinha se perguntando qual nome poderia dar à instituição que se tornara seu objetivo de vida há quase um ano atrás, e agora ela sabia: Instituto Pygmy Puffskein. O que seria mais justo que batizar a instituição com o nome da criaturinha que vinha lhe proporcionando tamanha alegria e incontáveis risadas durante os últimos tempos?
Os meses que se seguiram não foram fáceis; já havia se passado um ano desde que a cigana tivera a visão do chalé, mas mesmo assim, a jovem não baixara a cabeça. Com muito trabalho, a bruxa dera início ao processo de limpar todas aquelas terras, as cuidando como se fosse um filho seu; durante esse processo, o fiel mini-pufe não a abandonara nem por um só instante, mas não para por aí. Naqueles mesmos terrenos, a cigana ouvira ruídos estranhos e agitados ressoarem entre a grama ainda alta, e após investigar por quase a tarde inteira, com auxílio de sua varinha, conseguira capturar não só uma mas duas criaturinhas exóticas e um tanto quanto... felpudas; um casal de pufosos felpudos! E mais... eram os pais do mini-pufe que a cigana encontrara alguns meses atrás, que estavam à procura de seu filhote! O reencontro entre pais e filho não poderia ter sido mais alegre. A jovem observara, com os olhos marejados de felicidade, a forma como os pais saltitavam agitados em volta do mini-pufe e zuniam alegremente; e assim como antes, a cigana levara o casal de pufosos agitados para o seu acampamento, os cuidando com todo carinho que poderia oferecer. Se apaixonara de uma forma inexplicável por aquele casal peludo, e pela forma que eles zuniam e se esfregavam contra os pés da morena, acho que se pode dizer que o sentimento era recíproco.
Nuvens escuras começavam a manchar os céus, mas a cigana não se deixava intimidar; após limpar os terrenos antes maltratados, agora começava a planificar a área, para então finalmente poder a subir as paredes do seu grande sonho. Embora trovões cortassem os céus a todo instante, a jovem não pôde deixar de notar um som estranho vindo de algum lugar próximo; como um ronco, alto e potente... Como de praxe, fora investigar a origem do som estranho, até que se deparou com mais uma criaturinha diferente. A criaturinha choramingava, e ela descobriu que o ronco estranho vinha, na verdade, da barriguinha do pequeno; mas ao perceber seu rabo bifurcado e a apreciação em degustar os panos de suas saias, a cigana logo soube: era um crupe. Assim como o mini-pufe e seus pais, que ficaram muito felizes por ganhar um novo amiguinho, a cigana o levara para o acampamento, e o cuidara - e alimentara bastaaaante - com esmero; o pequeno crupe comia tudo o que via pela frente, desde as saias da cigana até madeira bruta, até mesmo as ervas que usava pro preparo de poções... mas ao invés de esbravejar e bater o pé no chão, a jovem ria, deleitada, e daí então, surgira uma nova e grande amizade.
Nas semanas seguintes, a jovem cigana tivera mais uma surpresa; com a base do grande chalé já sendo construída de pouquinho em pouquinho com movimentos animados de varinha, a morena encontrara uma criatura peluda e, inicialmente, sentiu receio; se assemelhava a um felino, e a jovem já tivera experiências o suficiente com estas espertas criaturas pra saber que devia ser cautelosa. Porém, descobrira que a criatura era dócil, e parecia bem cansada, o que a comoveu. Como o mini-pufe fofinho, o casal de pufosos agitados e o crupe comilão, a cigana o levara para o acampamento e o cuidara com dedicação; a princípio, a morena se preocupara que o bichinho estivesse enfermo, pois só sabia dormir e fazer manha... Mas uma consulta a uma das suas queridas familiares, que era magizoologista, e ela soube: o amasso não estava enfermo, só era preguiçoso mesmo! E ainda soube mais: o motivo da manha, era porque o amasso tinha gostado dela... assim como ela gostara dele.
Mais semanas se passaram; dias ensolarados, noites tempestuosas, tardes de ventania e muito trabalho envolvido, e o sonho da cigana parecia estar cada vez mais próximo de se tornar realidade. E quando a jovem mulher achava que nada mais a surpreendia, durante uma tarde agradavelmente ensolarada em companhia dos seus mascotes, que a auxiliavam enquanto ela lançava feitiços brilhantes que faziam as paredes de madeira do chalé se erguerem e se encaixarem, finalmente tomando forma, uma pequena criatura lhe chamou a atenção; ela pulava entre o gramado que estava um pouco alto, e tentava escalar as paredes erguidas do chalé na tentativa de alcançar os feitiços brilhantes que voavam sobre a sua cabeça. Parecia um filhote de ornitorrinco, tinha um pequeno bico alaranjado e seus pêlos eram cinzas; aquele a cigana reconheceria mesmo de longe... Era um pelúcio! E nem preciso dizer o que aconteceu a seguir, certo? Talvez o resgate da criatura tenha sido o mais árduo para a cigana, que tentara levá-lo para o acampamento, mas o mesmo acabara por roubar tudo de brilhante que seus olhinhos afiados captavam, desde talheres de prata até os colares de conchinhas douradas da cigana, fazendo a maior bagunça que a mulher já tinha visto na vida; o pelúcio adorava fazer uma bagunça, mas a cigana gostava tanto da criatura que acabara por criar para ele, nos terrenos de Pygmy Puffskein, uma toca, farta de muitas coisas douradas e brilhantes, que mantinham o pelúcio ligeiramente mais calmo e contido. A cada semana a cigana estocava mais coisas brilhantes para o pelúcio - o que consistia em esconder objetos e mais objetos brilhantes pelos terrenos, para satisfazer os instintos cleptomaníacos que eram da natureza do pequeno -, e a cada semana, eles pareciam se habituar cada e gostar cada vez mais um do outro.
Mais meses se passaram; tudo estava tranquilo, e o projeto de vida da cigana parecia finalmente... real. A tarde estava ensolarada; a brisa agradavelmente morna lhe acariciava as fases rubras, enquanto a mulher fitava o chalé já erguido, exatamente como em suas visões. Cada pequeno detalhe que acrescentara ao chalé, desde os parapeitos das grandes janelas pintados de branco até o caminho de pedras que levava até a casa, ladeado pelas margaridas sorridentes que há muito tempo havia descoberto ali e que também foram cuidadas pelas mãos delicadas da morena, foram indicados por suas visões; por exceto as duas cerejeiras que a jovem havia plantado assim que conseguira aqueles terrenos na época malcuidados, e que cresceram incrivelmente rápido com os cuidados e amor da cigana através de todo aquele tempo. "Para trazer muito amor e sabedoria", a jovem dizia. Agora se erguiam, majestosas, uma de cada lado do gracioso chalezinho de madeira, suas flores cor-de-rosa exalando um gostoso aroma floral que podia ser sentido até por quem passava longe, carregado pela brisa que sempre abençoava os terrenos de Pygmy Puffskein, a mesma brisa que lhe acariciou o rosto no dia que havia tomado posse daqueles campos e que lhe lembrava que nada era impossível.
Naquele dia ela havia dado folga aos seus leais companheiros; estava sozinha, e vestia suas melhores roupas festivas, afinal, era um dia de muita comemoração... O instituto finalmente poderia, em breve, abrir suas portas para receber crianças de todos os cantos do mundo! O acampamento estava em festa, e esperava pela chegada da mulher que, com um largo sorriso desenhado em seus fartos lábios carmesim, dissera que ainda precisava fazer mais uma coisa. Agora caminhava sobre o caminho de pedras que levavam até o pequeno lance de escadas da varanda do chalé, ouvindo o alegre cantarolar das margaridas que estavam felizes sob o calor do sol; segurava em suas mãos de dedos longos e finos, uma placa curva de madeira, suas beiradas delicadamente esculpidas para pareceram vinhas, e pintadas com capricho pelas mãos da própria mulher, sem um único toque de magia. Se interrompera em frente às portas duplas fechadas do chalé, e deixara um breve beijo de olhos fechados na placa de madeira, para dar sorte; se esticou nas pontas dos pés e já pendurava a placa, mas consequente de um ligeiro desequilíbrio, a placa delicada escorregou de suas e ia direto de encontro ao chão quando, para o alívio da cigana, ela parou no ar. Franziu as sobrancelhas sutilmente em confusão, quando ali, no meio do nada, se revelara uma criatura misteriosa, de pelos escuros e grandes e brilhantes olhos, que pareciam tristes, ao mesmo tempo que encantadores. A cigana fitou a criatura desconhecida e dona de uma beleza extraordinária e sentiu sua alma ser tomada por uma incrível calmaria, e então baixou o olhar em respeito, até que instantes depois, sentiu a placa ser entregue nas suas mãos. Voltou a fitar a criatura, lisonjeada enquanto pegava o objeto, e a mesma ergueu o braço em direção à morena, que não recuou; os longos dedos da criatura deslizaram sobre as pálpebras da cigana, a fazendo fechar os olhos. Ela obedeceu; segundos se passaram, e a brisa leve que novamente lhe acariciara a face era uma permissão para a jovem abrir os olhos, e assim o fez. Olhou ao redor, curiosa, mas a criatura se fora tão repentinamente quanto surgiu; a mulher surgiu, ainda sentindo uma calmaria incomum lhe assolando o peito, e cuidadosamente se ergueu na ponta dos pés, pendurando a placa de madeira em cima da porta. Se afastou alguns passos, fitando o chalé, que agora parecia completo; seu sonho finalmente havia se tornado realidade, e sabia disso pela força com que seu coração batia contra seu peito. Se virou, fitando as cerejeiras, e respirou fundo o gostoso aroma das sakuras; e com uma batida de coração, aparatou para o lar, se sentindo feliz de uma maneira que nunca tinha sentido antes.
O INSTITUTO
O Instituto Pygmy Puffskein é uma instituição de ensino para crianças de até dez anos de idade, e se localiza na aldeia de Hogsmeade, local escolhido por ser o único vilarejo inteiramente bruxo da Grã-Betanha e, consequentemente, mais seguro dos olhares trouxas. É também próximo à estação de Hogsmeade, o que facilita o transporte dos pequenos, muito embora dentro da escolinha haja uma área especial com lareiras para o uso do pó de flú. A escolinha oferece aos bruxinhos o mesmo ensino que seria oferecido numa escola trouxa, sendo o diferencial as aulinhas mágicas, como Trato dos Pets Mágicos, Plantinhologia e Estudo dos Brinquedos Mágicos; e, assim como Hogwarts, de onde a fundadora tirou uma inspiração aqui e ali, a escolinha se divide em quatro casas, lá chamadas de Grupinhos, distintas: a Puffskein, a Crup, a Kneazle e a Niffler. O uniforme dos pequenos é como o da grande Hogwarts, porém, predominando as cores roxo e laranja.
Como as casas rústicas do vilarejo o estabelecimento também é um chalezinho formoso, porém este é limitado por cercas de madeira pintadas de branco e cercado por uma ampla área de gramado, lá se localizando o Playground, onde as crianças se divertem nos horários vagos. Duas graciosas cerejeiras ladeiam o chalé, encantando todos que por ali passam; para trazer amor e sabedoria, como acredita a diretora do Instituto. Mesmo que o chalé já aparente ser grande, seu interior é magicamente modificado para ser muito maior, lá dentro se localizando a recepção, as salinhas de aula - dentre elas a salinha de estudo dos brinquedos mágicos -, o refeitório, a enfermaria e etc; e nos amplos terrenos atrás do chalé se localizam o cercadinho - para a aula de trato dos pets mágicos -, e as estufosas - onde as crianças aprendem sobre as mais diversas plantas do mundo tanto mágico quanto não-mágico. Todo o interior, bem como o exterior, é muito bem cuidado e organizado, visando a maior comodidade e segurança possíveis para os pequenos; muitas cores decoram toda a escola, inspirando alegria e animação para a criançada.
Dirigido por Mihaela Dahra Antonescu, com o auxílio de elfinhos muito bem vestidos com roupinhas infantis (assalariados, é claro), o Instituto Pygmy Puffskein recebe crianças de todo o mundo, e pode ser considerado um segundo lar para os pequenos.
Mihaela Dahra Antonescu- Coração : Bissexual
Relacionamento : Solteiro (a)
Mensagens : 65
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